segunda-feira, 17 de novembro de 2008

CRÕNICA FAF - 1º. LUGAR NA OLIMPÍADA DE LÍNGUA PORTUGUESA
– REPRESENTANDO MUNICÍPIO DE NOVO HORIZONTE
Aluna :- Camila Rodrigues Falcão
Uma história para recordar...
Ah... Que infância a minha
Até hoje, me lembro do lugar onde vivi, repleto de recordações de minha vida.
E os tempos de escola, que saudades. Usávamos saias de pregas com cinto vermelho, nos pés; meias brancas e tênis. Sonhávamos com o que seríamos quando crescer. Na sala de aula, deixávamos nos levar, pelo encanto da aprendizagem que era uma magia para nós, na época. Tínhamos um carinho imenso com nossos colegas, respeitávamos os professores e tínhamos vontade de aprender mais e mais.
E o cinema daquela época. Íamos todos! as sessões de domingo, divertia a todos nós: mamãe, papai , eu e minhas irmãs. Quando não assistíamos às gracinhas de Mazzaroppi, eram as aventuras de Tarzan.
Logo chegou a adolescência e com ela, as paqueras, os namoros e então, o cinema não era mais uma diversão familiar e sim, passar momentos românticos com o namorado; as sessões passaram de filmes de Tarzan, para filmes de amor, que tiveram um sentido ainda mais especial.
Em minha cidade, havia muitas festas. Entre as quais me recordam, das Festas das Nações. Nela tinha muitas danças, músicas e uma mistura de sabores. Tudo com harmonia e simplicidade.
Gostávamos de participar de tudo e não podíamos faltar aos desfiles cívicos. Nunca ficávamos fora de nada, pos fazíamos mil e uma coisas para podermos apreciar e participar do contagiante som e esplendor de nossa cidade em dias de festas.
Com o tempo, comecei a freqüentar os bailes de debutantes. Nesses bailes, as “meninas moças” eram apresentadas à sociedade como uma fina flor. Neles dançávamos com os rapazes mais bonitos, isso quando não, com os cadetes do exército. ( um privilégio para nós, na época).
Como eu e minhas irmãs, não tínhamos tantos recursos, para sustentar os luxos, éramos nós mesmas quem fazíamos as roupas dos bailes.
São tantas as memórias, que me emociono ao lembrá-las.
Os acontecimentos marcantes de nossa cidade, ainda moram em meu coração...
Quando me recordo de meu passado, é como se fechasse os olhos e voltasse no tempo...
Nessa viagem, recordo das rodas de conversas de quando mamãe contava que Washington Luís, na época presidente do Brasil, havia plantado uma jabuticabeira onde hoje fica uma linda pousada.
Ainda hoje, quando leio notícias em A Gazeta, sinto profunda emoção, porque nos meus tempos de menina, papai era como um consultor da cidade. Ninguém fazia nada sem antes consulta-lo. A Gazeta fez e ainda faz parte da história desta cidade. Ela sempre foi um reduto político, de desenvolvimento e administração.
De tantos segredos que guarda Novo Horizonte, tem também o de uma praça. Uma praça, considerada por nós, da minha época, o “ponto de encontro” entre pessoas apaixonadas, que estavam ali em busca de um amor, de um sonho ! E o mais importante de tudo, é falar que naquela praça, tinha uma linda fonte que iluminava e enfeitiçava os corações das pessoas que por ali passavam. E agora, restaurada numa mistura de cores , música no coreto, começa a escrever uma nova página. Que época saudosa.... Que os tempos não trazem mais...
Tudo parecia girar em torno de um só lugar... Que é o lugar onde vivo e também onde sonho.
Em dias de festivais sertanejos, que aconteciam aqui, eu não faltava a nenhum. Os que mais faziam sucesso eram: Inezita Barroso, com seu “lampião de gás” e mais tarde, Sérgio Reis e seu “menino da porteira”
. E o Rio Tietê, que água limpinha !
O sabor de um doce que jamais vou esquecer, é do bolo da dona Dade, uma baiana com mãos sem iguais.
E, se tinha uma coisa que deixava a molecada feliz, era ver a boiada passando pelas ruas.
De Tantas lembranças, tantos caminhos, sinto saudades dos trilhos da ferrovia. Elas transportavam muitos produtos da região, como produtos agrícolas, especialmente o café. As linhas ferroviárias cortavam muitas cidades da região e ao lado dessas estações, ficavam grandes armazéns.
Em Novo Horizonte, em especial, os moradores que viviam perto dela, diziam morar no bairro da Estação, agora chamada de Vila Bauman. Contudo, essas ferrovias, não transportavam só cargas, transportava emoções, esperanças, pessoas com destinos certos, às vezes incertos, que por caminhos indescritíveis vieram ou se foram...
Se bem me recordo, quantas coisas, ora boas, ora ruins vivi e consegui supera-las. Até hoje me lembro, do aroma das noites de minha infância e quantas vezes, pedi “bença pai”, “bença mãe” e fui abençoada...
Talvez, tenha deixado muita coisa para trás, muitos anseios esquecidos, sonhos perdidos. Talvez por exigência da vida ,tenha deixado algumas memórias me escaparem. Mesmo assim, como num romance, numa história de encantamento, não é possível esquecer este lugar que impregnou minha essência e ainda continua..

4 comentários:

Unknown disse...

Olá Milla.!
estamos akiii para dizer que adoramos o seu texto ,parabéns !!Adoramos muiito vc !!!!

D'sisters "!!**
bjOx !!!

Unknown disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Unknown disse...

Camila parabéns.!

Seu texto esta perfeito.

Espero que você faça muitos outros desses para nos encantar cada vez mais e mais.

Beijos

Unknown disse...

essa é minha amigaa parabééns pelo seu texto ta lindo d+....bjs'S